Me acostumei com a ideia de me prender a coisas ou pessoas
sem que as mesmas se prendessem a mim
ouvi comentários sobre alguém que eu não sou
mas me calei por muitas vezes
pela pessoa que eu sou.
Não coloco nessas linhas uma auto-piedade
inexistente, não sinto pena de mim
não espero que o mundo me enxergue assim.
Quero ser a pessoa forte que eu sei que sou
mesmo que no espelho veja uma pessoa frágil,
não espero aplausos ou pedidos de autográfos
não preciso disso pra me fazer presente.
Fui reprovada, esquecida e impopular
mas sei que tudo isso foi um ensaio
para o meu próprio espetáculo.
aceitei muitas mentiras
aprendi a perdoar
no mundinho em que vivo
tudo se renova.
Não não se engane
minha memória é implacável
para os esquecidos de plantão.
Meu tom muda, me torno a pessoa de poucas palavras
sombrancelha direita se levanta
minha voz se torna baixa
Estou irritada!
E o estranho é que escrever isso é contra minhas regras
mas nesses últimos dias tenho deixado minhas regras
de lado.
Não mais me apego a coisas ou pessoas
coisas somem, quebram ou saem da validade,
pessoas mentem, enganam, esquecem, traem
não vale a pena.
Nada além de mim vale.
Então escrevo um capítulo entitulado:
Páginas de liberdade... de quem?
a minha.
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