segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A Chuva dos meus Olhos.

Enquanto as gotas que caiam do céu
na minha direção molhava o meu cabelo,
meu rosto e todo o resto
eu caminhei.
Caminhei como quem caminha
no despertar do dia
sem buzinas ou engarrafamento
só você e a rua.
Só eu e a chuva.
Mas, hoje nada regou minha alma
a chuva não veio para acalmar meu coração agitado,
as lágrimas que rolavam horas depois
disseram isso.
E vendo a menina do espelho
com seus olhos embassados
coração tão apertado,
tive uma vontade imensa de ir embora.
Ir pra qualquer lugar
qualquer outro que não fosse esse,
olhar outros rostos que não fossem
os que já conheço.
Abrir outras portas
ouvir outras pessoas pronunciarem o meu nome,
ganhar outros abraços
não ver braços cruzados.
E esse pensamento durou alguns segundos
enquanto eu ainda procurava meu pequeno brinco,
e o mesmo se desfez tão rápido quanto se construiu.
Percebi que não é de uma passagem só de ida
que eu preciso,
preciso de uma passagem de "esquecimento".
com assento na janela, com vista para o "não me importo mais"
de preferência na primeira classe.
Não quero levar bagagem
 eu quero só me levar.





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